Primeira reportagem do MDHC sobre Dia da Consciência Negra tem como tema pessoas com deficiência

VNDI é citado na série que faz um panorama sobre a população negra com deficiência no Brasil.

Matéria original: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2023/novembro/novembro-negro-um-panorama-sobre-a-populacao-negra-com-deficiencia-no-brasil

Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) iniciou uma série de matérias relacionadas à luta antirracista em alusão ao “Novembro Negro” – com o objetivo de refletir a respeito do Dia da Consciência Negra, marcado pelo próximo dia 20. A primeira reportagem vai realizar um panorama das pessoas negras com deficiência no Brasil.

De acordo com dados obtidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad): Pessoas com Deficiência 2022, mais de 54% das pessoas com deficiência se autodeclararam negras ou pardas. Representando, assim, grande parcela da comunidade de pessoas com deficiência no Brasil.

Essas estatísticas lançam luz sobre as interseções complexas entre recorte étnico e deficiência, destacando como as pessoas negras com deficiência enfrentam desafios adicionais em relação ao acesso a direitos, acessibilidade e igualdades de oportunidades.

Acesso a direitos

Segundo a secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella, o racismo e o capacitismo ampliam as desigualdades sociais. “A junção do racismo, sexismo e capacitismo não só agravam essa exclusão como muitas vezes geram sofrimento e causa a morte de pessoas negras”, evidenciou.

Grupos sociais como negros e pessoas com deficiência são comumente silenciados ao longo da história. “Para um grupo como negros com deficiência, as dificuldades costumam ser ainda maiores. Por isso, a atenção com esses grupos marginalizados é um tema prioritário para o governo”, disse a secretária ao afirmar que esses preconceitos precisam ser enfrentados com um novo ciclo de políticas públicas.

A matéria cita o relatório que apresentamos no Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial em Genebra nos dias 16 e 17 Novembro de 2022. Nele apontamos que apenas 0,6% das pessoas negras com deficiência consegue acessar o ensino superior em universidades públicas do país. Outro dado alarmante que o relatório apresenta é o de que 42,9% das mulheres negras com deficiência estão mais vulneráveis a sofrer violência.

Para conferir nosso relatório completo, clique aqui.

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